sábado, 17 de julho de 2010

SENTIDOS

Sentidos

O gosto do tesão.
O toque da devassidão.
O cheiro do sexo.
O som do desejo.
A visão da libertinagem.


Sentidos


Audição
Escuto o som de passos na escada, a respiração acelere, o coração pulsa mais forte.
Fecho os olhos, apurando a audição, o solado batendo forte no assoalho indicando Sua chegada.
Um sussurro no ouvido, mal ouve o que pronuncia.
Sei que me excita, as pernas bambeiam, deixando o corpo sem apoio, no seu apoio.
Murmúrios fortes, suaves.
Imaginação corre levando até lugares escuros, invocando desejos sombrios e fantasias secretas.
Segredos compartilhados no ouvido, palavras tensas, recheadas de anseios e tesões .
Volúpia nascendo na mente, atravessando o corpo, externando quereres.


Visão
Abro os olhos, e encontro seu olhar no meu.
Seu rosto marcante, queimando a retina, absorvendo cada linha que forma a expressão do poder que tem em mim, sobre mim.
Descendo a linha do queixo, encontrando a boca.
Traço perfeito, desenhado a mão, realçando a ânsia que tenho dela sobre a minha.
Abaixando a visão sobre seu colo, desejando nele deitar, repousar a cabeça, deparo com suas mãos fortes, tão pertos e, no entanto tão longe do meu corpo.


Olfato
Chego mais perto, o cheiro do suor aguça a imaginação, onde o gosto salgado das suas costas se mistura ao gosto amargo das lagrimas que brotam do desejo que seu corpo incendeia no meu.
Sinto seu cheiro de Homem, acentuando em mim o anseio de lhe ter.
Remeta a perfume esquecidos e proibidos.
O cheiro da aventura, do desconhecido, das descobertas, do prazer.
Aromas envolventes, buscando sensações adormecidas sob camadas de tabus.
Cheiro de sexo, cheiro de vontade.
Seu cheiro.


Tato
A mão levanta involuntariamente em direção ao rosto Dele.
Querendo sentir sua pele reagindo ao toque da minha.
Sentindo o sangue correndo em direção aos meus dedos.
Arrepiando minha pele, deixando um rasto de fogo fugir dos meus dedos em direção as costas, provocando fúria, fogo, devastando o controle, aplacando a vontade.
Experimentar a força das suas mãos.
Desvendar os mistérios do seu rosto.
Descobrir os segredos nos seus olhos.
Sentir a maciez da sua pele, contrastando com a firmeza dos seus punhos em mim.


Paladar
A boca encontra a sua.
Prova enfim o gosto que povoa meus sonhos, envolva meus pensamentos.
Teima em provocar meus sentidos.
O gosto acre do suor tem o gosto de mel, o gosto de quero mais.
O gosto de sonhos invadidos, de anseios adormecidos, de luxurias incontroláveis.
Explorando o vão da sua nuca, saboreando sua pele.
Sorvendo cada gota do desejo que transbordam dos corpos enfim unidos.



Coleira Virtual!

Vi o texto abaixo em um blog e achei interessante, espero que gostei e se quiserem, por favor, comentem:

Estava lendo em algumas comunidades do Orkut, sobre coleira virtual.
Chamou-me atenção. Sabia que a coleira virtual era somente para identificar que o (a) escravo (a), o(a) submisso(a), já teria um Dono(a).
Aqui coloco minha opinião somente. Deixando claro que não sou dona da verdade.
Entendi que as pessoas se entregam virtualmente, sem conhecer o (a) parceiro (a) pessoalmente!
Estranho, porque não há o toque, o cheiro.
Como fica a tal “química”?
Como é não sentir palavras no seu ouvido, ditas bem baixinho, que te deixam cheio (a) de tesão ?
Como é não sentir a mão sendo passada pelo seu corpo, ou na sua cara, antes dum maravilhoso tapa?
Como é não sentir os dedos do Dono (a) dentro de você, para saber se está excitado(a), o famoso dedilhar...hummm...?
Que prazer essas pessoas tem?
Sou muito realista, não fantasio uma relação, apenas vivo, sinto uma relação. Acho que por isso não vejo graça nesta tal “coleira virtual”, será que este tipo de prática, é realmente SM, ou puro fetiche dos participantes?
Como são as práticas de uma sessão virtual?
Afinal, no meu entendimento, o SM e a D/s, são práticas tão reais, onde há necessidade de contato físico.
Imagino que a (o) escravo(a), fica na frente da webcam e por exemplo, fica se auto batendo na cara?
Pega o chicote e fica batendo na bunda em frente a webcam?
Como fica a imobilização?
Vendar, nem pensar?
E a surpresa, medo, ansiedade do que está por vir, onde fica?
Por favor, se alguém souber como é a prática duma sessão SM virtual, me explique.
Digo sessão SM, porque a partir do momento que você está encoleirado (a), há sessões periódicas, ou não?
Ah! E como é essa entrega, e a sessão de posse, tão importante numa relação SM, como é feita?
Como é a entrega do (a) submisso(a) para um (a) Dono(a)?
Como é o relacionamento de quem tem “coleira virtual”?
Isso não seria um fetiche dos dois, que “vivem” o SM virtual?

vani{MESTRE LEON}







" ESCRAVA "



Ó meu Deus, ó meu dono, ó meu senhor, Eu te saúdo, olhar do meu olhar, Fala da minha boca a palpitar,

Gesto das minhas mãos tontas de amor!
Que te seja propício o astro e a flor,

Que a teus pés se incline a terra e o mar,

P’los séculos dos séculos sem par, Ó meu Deus, ó meu dono, ó meu senhor!
Eu, doce e humilde escrava, te saúdo, E, de mãos postas, em sentida prece, Canto teus olhos de oiro e de veludo.
Ah, esse verso imenso de ansiedade, Esse verso de amor que te fizesse

Ser eterno por toda a Eternidade!...

[ Florbela Espanca ]


OS DEZ PRINCÍPIOS DE UMA ESCRAVA

1. A escrava deve ter como objetivo máximo o bem-estar e a satisfação dos desejos e interesses do Dono, sejam de que natureza forem. Em caso algum a escrava colocará os seus interesses particulares à frente dos interesses do Dono, embora em muitas situações os interesses de ambos possam ser coincidentes.

2. A escrava deve ser para o seu Dono fonte inesgotável de prazer, alegria e descontração. Deve por isso cultivar a sua própria boa-disposição, riqueza interior e serenidade. Deve procurar aprender e manter-se atualizada. Deve também cuidar de si de forma a ter a melhor aparência possível, e manter uma boa saúde física e mental.

3. A escrava deve ter para o seu Dono totais disponibilidades físicas, mentais e emocionais. Deve arrumar a sua vida de maneira a poder responder de uma forma imediata e entusiasta a qualquer solicitação do Dono. Na Sua presença, tudo o resto é secundário, melhor ainda, esquecido. Na ausência do Dono, manterá uma postura irrepreensível, lembrando-se sempre a quem pertence.

4. A escrava deve seguir o seu Dono com devoção, onde quer que vá e o que quer que faça. Sempre ½ passo atrás, atenta e cúmplice.

5. A escrava deve empenhar-se em conhecer profundamente o Dono, os seus gostos e preferências. Saber o que Lhe agrada em cada momento e proporcioná-lo. Deve também erradicar da sua vida qualquer fator de desagrado.


6. A escrava deve ser leve, delicada, feminina. Deve aprender a suavidade dos gestos, a humildade do olhar e saber comportar-se em todos os momentos com graça e sensualidade.

7. A escrava é também objeto de prazer sexual do Dono. Como tal deverá estar sempre pronta a ser usada, em qualquer circunstância ou lugar, pelo Dono ou por quem este designar. Deve focar-se na satisfação dos prazeres do Dono como objetivo único. A sua própria satisfação, se a houver, será sempre opção do Dono e será sempre tomada como uma dádiva.

8. Como propriedade do Dono, a escrava deve esperar ser usada, abusada, esquecida, desejada, preterida, acarinhada, ignorada, escolhida, desprezada, sem que nada disso interfira na sua total entrega e dedicação ao Dono. Deve esperar ser castigada se o merecer, mas também se não o merecer ou compreender de imediato. E saber aceitar, oferecendo sem hesitação o seu corpo ao castigo.

9. A escrava deve ter tanto de reservada e discreta como de devassa, obscena, lasciva, ser um anjo e uma puta. E saber passar de um estado ao outro a um gesto ou olhar do Dono.

10. Por fim, a escrava deve ambicionar ser um prolongamento do Dono, mover-se ao Seu ritmo e ao Seu gosto, ser a Sua sombra e o Seu reflexo.